A reprodução assistida vem sendo a alternativa para homens e mulheres que pretendem realizar o sonho de se tornarem pais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, de 8% a 15% dos casais, em todo o mundo, enfrentam dificuldades para engravidar.
O Hospital das Clinicas é a única instituição pública do estado de Minas Gerais, e uma das quatro do Brasil, que não cobra o tratamento. Há cerca de dois milhões de consultas anuais. Além das inseminações, fertilizações e cirurgias também são pagas pelo próprio hospital.
O especialista em reprodução humana Francisco Nunes Pereira explica que no hospital é feita toda a investigação. Desde a consulta, com a entrevista com cada casal, até os exames básicos tanto do parceiro quanto da parceira. “São feitos exames adicionais específicos que forem necessários e, a partir daí, o casal entra no fluxo de tratamento que vai depender, então, de cada caso”, complementa. Mas o atendimento não é imediato. Dependendo da complexidade do caso. A espera pode chegar a dois anos.
O numero de tentativas poderia ser maior e a espera menor se o serviço constasse na lista de procedimentos bancados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2005 o Governo Federal chegou a assinar uma portaria que determinava a realização do tratamento da reprodução assistida pelo SUS em todas as capitais do país, mas quatro meses depois a portaria foi suspensa. Só em julho deste ano o assunto voltou a ser discutido na Câmara Federal.
O encaminhamento para o Hospital das Clínicas é feito pelos postos de saúde. Na Câmara Federal, não há nenhum projeto tramitando que inclua no SUS o custeio do tratamento de reprodução assistida. Segundo o Ministério da Saúde, a ampliação do acesso à reprodução assistida pelo SUS está em fase de análise.
Fonte: G1