Prédio onde neonazista mora é pichado em Belo Horizonte

O prédio onde mora o autointitulado neonazista Antonio Donato Baudson, de 25 anos, amanheceu com o muro pichado. O jovem revoltou internautas na última semana ao agredir um suposto morador de rua em Belo Horizonte e postar a foto na cidade de Belo Horizonte e em redes sociais. Ele usava um nome falso no perfil do Facebook, que foi deletado em meio à polêmica e recriado com outra identidade.

Na pichação, Baudson é ameaçado e chamado de nazista. Os autores ainda deixaram símbolos de grupos idealistas e palavrões no muro do prédio, no bairro Santo Antônio, região centro-sul da capital.

A foto, que chegou a ser classificada como “brincadeira” por amigos, ganha contornos nada inocentes ao se verificar a ficha criminal do jovem. Antonio Donato foi denunciado em quatro boletins de ocorrência entre 2009 e 2011 por agressões contra gays no bairro da Savassi, região centro-sul de Belo Horizonte. Ainda em 2011, ele foi preso na cidade de São Paulo com outros 10 neonazistas que agrediram skatistas.

Julgamento




Os processos correm em segredo de justiça no TJMG. Um deles se refere a dois boletins de ocorrência registrados em 15 e 16 de abril de 2011, quando Donato e três companheiros agrediram um jovem. Os outros três, que não tiveram os nomes divulgados, fizeram a transação penal proposta pela juíza Flavia Birchal e cumpriram três meses de trabalho voluntário, mas Donato se recusou a assinar o termo. Ele participou de audiência no dia 19 de março e aguarda o julgamento em liberdade.

O primeiro boletim de ocorrência do autointitulado neonazista foi assinado no dia 5 de janeiro de 2009, com a acusação de agressão. Além deste, no dia 7 de setembro de 2011, ele e mais dois skinheads espancaram dois gays na Praça da Liberdade com um soco inglês e um canivete, foram detidos e respondem por lesão corporal.

Em 14 de outubro de 2012, Antonio Donato e outros 11 homens foram presos na avenida Paulista, em São Paulo, por agredir skatistas. Uma das vítimas, que chegou a ter uma arma apontada para seu rosto, reconheceu o mineiro como um dos agressores. Também neste caso ele foi autuado por lesão corporal e ameaça.

Denúncia
Na terça-feira (9), o Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua (CNDDH) acionou o Ministério Público de Minas Gerais sobre o caso. O órgão estuda oferecer denúncia contra o neonazista.

Fonte: R7.com





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