O Ministério Público Estadual (MPE) informou, na última terça-feira (27), que denunciou à Justiça o motorista que se envolveu em uma batida, no mês de setembro, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O acidente provocou a morte do estudante Fábio Pimentel Fraiha, de 20 anos.
Segundo o MPE, Michael Donizette Lourenço foi denunciado, na última sexta-feira (23), pela promotora do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Mônica Sofia Pinto Henriques da Silva, por homicídio doloso, quando se assume o risco de provocar a morte. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não confirmou se a denúncia foi recebida.
O G1 entrou em contato com a defesa de Michael Donizette Lourenço, mas o advogado Jairo Catão Júnior disse que iria se pronunciar somente após tomar conhecimento do teor da denúncia.
Inquérito
O inquérito sobre acidente foi concluído no dia 6 de novembro pela Polícia Civil. Segundo a corporação, Michael Donizette Lourenço, que dirigia o veículo que bateu no carro do estudante Fábio Pimentel Fraiha, foi indiciado por homicídio com dolo eventual, no qual a pessoa assume a intenção de matar.
De acordo com as investigações feitas pela polícia, o jovem estava a 145 km/h em uma via onde é permitida a circulação a até 60 km/h. De acordo com a corporação, a habilitação provisória do suspeito foi suspensa temporariamente por ordem judicial.
O inquérito também concluiu que um terceiro veículo se envolveu no acidente. Por meio de filmagens cedidas por uma boate e pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), foi possível comprovar que o suspeito saiu de uma casa noturna em Nova Lima e, em seguida, desceu a Avenida Nossa Senhora do Carmo, em alta velocidade, ao lado de outro carro, indicando um possível “racha” entre os dois veículos.
As imagens da BHTrans ainda mostram que o sinal estava verde para o suspeito e vermelho para a vítima. De acordo com a polícia, entretanto, como o acidente ocorreu por volta das 4h, o fato de o estudante ter avançado o sinal é justificável pelo horário e pelo local, considerados perigosos.
Ainda segundo a polícia, exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) indicaram que o estudante morto havia ingerido bebida alcoólica na noite do acidente. Já o outro jovem, que havia se negado a fazer o teste do bafômetro, passou por exames de urina que comprovaram que, apesar de não ter bebido naquela noite, ele havia consumido maconha.
Fonte: G1