MHAB comemora 71 anos com lançamento de livros e nova exposição em Belo Horizonte

O Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) completa 71 anos nesta terça-feira, dia 18. Para celebrar esta data, o Museu da Cidade promove o lançamento de livros e catálogos de exposições, além da inauguração, às 10h, da nova mostra da Pinacoteca MHAB, com uma obra de Délio Delpino. O museu fica na avenida Prudente de Morais, 202, no bairro Cidade Jardim e a entrada é gratuita.

A Pinacoteca MHAB apresenta um quadro de Délio Delpino que representa o atual casarão do Museu Histórico Abílio Barreto e o entorno da Fazenda Velha do Leitão. A pintura, de 1943, foi doada recentemente pelo Conselho de Presidentes, representado por Paulo de Vasconcellos. O quadro permanecerá exposto por um período aproximado de três meses, e pode ser visitado às terças, sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h, e nas quartas e quintas-feiras, das 10h às 21h.

Em seu aniversário, o MHAB promove também o lançamento de dois livros e dois catálogos que têm como tema a história do museu e exposições em cartaz no local. O livro “O Museu e a Cidade sem fim: setenta anos de história preservada no MHAB, o museu da cidade”, apresenta cinco estudos sobre o MHAB, nos quais estão contidos as trajetórias e os esforços empreendidos pela instituição museológica ao longo do tempo. O outro livro, “Belo Horizonte F. C. – Trajetórias do Futebol na Capital Mineira” é um desdobramento da exposição homônima que fica em cartaz no MHAB até a Copa do Mundo. Traz textos que tratam dos aspectos históricos e sociais, além da memória do futebol na capital, interpretando, à luz de rigorosa pesquisa, os aspectos que caracterizam sua trajetória e importância para os habitantes.

Também será lançado o volume “Uma história, dois personagens”, contendo catálogos das coleções Lia Salgado e Clóvis Salgado, instrumento de pesquisa valioso para os estudiosos da história de Belo Horizonte. Os livros e catálogos podem ser adquiridos na loja do museu.


História

O MHAB, como museu da cidade de Belo Horizonte, tem como missão constituir, preservar, pesquisar e comunicar acervos históricos, tomar a dinâmica urbana como objeto de investigação e promover o acesso do público aos bens culturais, incentivando sua participação como sujeito na construção da memória e do conhecimento sobre Belo Horizonte.



As origens do MHAB datam de 1935, quando o jornalista e escritor Abílio Velho Barreto foi convidado a organizar o Arquivo Geral da Prefeitura de Belo Horizonte. Ele passou a recolher documentos e objetos que deveriam integrar o futuro museu de história da cidade e, a partir de 1941, reuniu acervos de forma mais sistemática e em diferentes suportes, selecionados segundo duas grandes seções: peças originárias do antigo Arraial do Curral del Rei e itens relativos à nova capital.

Por meio do Decreto 91, de 26 de maio de 1941, que cria a seção de História, surge o núcleo do Museu da Cidade. Promoveu-se a restauração do prédio escolhido para sediar o museu, a casa da antiga Fazenda do Leitão, remanescente arquitetônico dos arredores do Arraial do Curral del Rei. Em 18 de fevereiro de 1943, a instituição foi finalmente inaugurada, com a denominação de Museu Histórico de Belo Horizonte. Em 1967, recebeu a denominação atual, em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor.

O MHAB iniciou, a partir de 1993, amplo processo de revitalização institucional, que promoveu a reformulação de sua política de atuação, transformando-se em uma instituição cultural dedicada à história e à memória de Belo Horizonte, direcionando suas ações para pesquisa, informação, educação e lazer.

No final de 1998, o sítio histórico da Fazenda do Leitão recebeu uma nova edificação destinada a abrigar sua nova sede. O novo edifício-sede, voltado para a avenida Prudente de Morais, é o primeiro local originalmente concebido e edificado para abrigar um museu na capital. O redimensionamento dos espaços do museu foi fundamental no processo de sua transformação em centro de convergência e irradiação da cultura de Belo Horizonte, possibilitando uma gestão sustentada em ações que garantem, a um só tempo, a preservação, a investigação e a comunicação.





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